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Cortejo do não-lugar - 2013
Essa performance em forma de procissão foi um protesto de cunho reivindicatório sobre a necessidade de um espaço expositivo para as artes visuais em Divinópolis. Um local adequado que pudesse funcionar técnica e coletivamente, atendendo de modo efetivo aos interesses dos artistas desejosos de expor seus trabalhos, tornando públicas inserções poéticas e incluindo um sentido de educação visual para a cidade.
A cultura local não recebeu, juntamente com seu desenvolvimento, uma política específica de ensino/educação que desejasse o seu afinamento. Vivemos neste mundo, onde os referenciais espaciais, valorativos, culturais, éticos, afetivos, sociais se desfazem a todo o momento e se refazem na necessidade pragmática do mercado e do cotidiano furtivo, ou seja, vivemos numa sociedade dominada pela indústria cultural midiática e sua frivolidade transitória destituída de reflexão e memória.
Não educamos os sentidos se estes não são sensibilizados; seja o ouvido com os sons, a música; seja o olho com as imagens; seja o corpo com a dança. A educação não se promove somente dentro das instituições de ensino propriamente ditas, ela se configura também no habitus do sensível, cultivado por toda uma coletividade, a saber, quando esta sociedade partilha seus conhecimentos culturais. Por essa razão, um espaço dedicado a cada partilha do sensível é de extrema importância para aqueles que convivem na pluralidade, na diversidade; educando e preservando o que temos de essencial: a humanidade. Reivindicamos um novo espaço, onde possam ser possíveis as diversas manifestações plásticas.
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